O filho do líder líbio Muamar Kadafi, Saif Al Islam, disse nesta quinta-feira (10/03) que as forças de segurança pró-governo estão preparando uma ofensiva em grande escala contra os opositores que controlam boa parte do setor leste do país.
"Este é o momento de libertação, é a hora de ação. Estamos nos movendo agora, todos na Líbia estão muito animados", disse Saif, em entrevista à agência de notícias Reuters. “Nós demos a eles duas semanas (para negociações).”
A ampliação da ofensiva, segundo Al Islam, pretende acabar com o domínio dos "terroristas e bandidos" que contam com apoio de países ocidentais.
Sobre a intervenção e a reprovação internacional, o filho de Kadafi disse que o povo líbio nunca aceitará a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). "Nunca recepcionaremos os norte-americanos aqui. A Líbia não é uma moleza. Não somos o Mickey Mouse", garantiu.
Segundo ele, Muamar Kadafi e seus aliados nunca se renderão, e já receberam apoio de milhares de líbios que se voluntariaram para ajudar na nova ofensiva. "A nação líbia agora está muito unida, estamos muito fortes", disse.
Há 24 dias, a oposição tenta tirar Kadafi do poder. O ditador é criticado pela comunidade internacional em razão da violência utilizada para reprimir os manifestantes, com ataques aéreos, armas de fogo e bombardeios. Kadafi e seus familiares foram alvos de sanções dos EUA, da União Europeia e da ONU.
"Este é o momento de libertação, é a hora de ação. Estamos nos movendo agora, todos na Líbia estão muito animados", disse Saif, em entrevista à agência de notícias Reuters. “Nós demos a eles duas semanas (para negociações).”
A ampliação da ofensiva, segundo Al Islam, pretende acabar com o domínio dos "terroristas e bandidos" que contam com apoio de países ocidentais.
Sobre a intervenção e a reprovação internacional, o filho de Kadafi disse que o povo líbio nunca aceitará a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). "Nunca recepcionaremos os norte-americanos aqui. A Líbia não é uma moleza. Não somos o Mickey Mouse", garantiu.
Segundo ele, Muamar Kadafi e seus aliados nunca se renderão, e já receberam apoio de milhares de líbios que se voluntariaram para ajudar na nova ofensiva. "A nação líbia agora está muito unida, estamos muito fortes", disse.
Há 24 dias, a oposição tenta tirar Kadafi do poder. O ditador é criticado pela comunidade internacional em razão da violência utilizada para reprimir os manifestantes, com ataques aéreos, armas de fogo e bombardeios. Kadafi e seus familiares foram alvos de sanções dos EUA, da União Europeia e da ONU.
Reprovação formal
Mais cedo, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, pediram publicamente ao líder líbio "Muamar Kadafi e seu bando" para que deixem o país, e mostraram apoio à oposição para que constitua um governo "representativo e responsável".
Em carta enviada ao presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, os dois líderes disseram que o apoio ao CNLT (Conselho Nacional Líbio de Transição) deve ser "um sinal político forte", ao qualificar a organização como uma "interlocutora política válida" e uma "voz importante para o povo líbio nesta fase".
"Condenamos o uso da força contra civis pelo regime de Kadafi, e fazemos um apelo por seu final imediato", acrescentaram.
Para Sarkozy e Cameron, a saída de Kadafi é necessária para "acabar com os sofrimentos do povo líbio" e pôr fim ao "regime brutal e a inaceitável violência e repressão que vêm acontecendo no país".
"Está claro para nós que o regime perdeu toda a legitimidade", afirmaram os dois líderes, que garantiram que "todos aqueles que participaram da decisão, o planejamento ou a execução" da repressão contra os civis "serão considerados como responsáveis" por estes atos.
A carta em conjunto dos dois governantes, que será enviada aos demais países-membros da União Europeia (UE), foi divulgada poucas horas após Sarkozy receber no Palácio do Eliseu representantes do CNLT e os reconhecer como seus interlocutores válidos na Líbia.
EUA
Os Estados Unidos também se posicionaram nesta quinta-feira contra o regime de Kadafi anunciando o corte de relações com a embaixada da Líbia em Washington. O anúncio foi feito pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que garantiu que os EUA esperam o fechamento do local.
"Estamos a ponto de suspender nossas relações com a atual embaixada líbia, pelo que esperamos que interrompam a seu funcionamento enquanto embaixada", disse a representantes do Congresso norte-americano.
Os Estados Unidos retiraram todos seus diplomatas e fecharam sua embaixada em Trípoli após o início da revolta na Líbia, em meados de fevereiro.
Confrontos
Apesar das críticas, as forças de segurança pró-governo não interromperam as ofensivas nesta quinta-feira. Após bombardeios iniciados na quarta, na cidade de Ras Lanuf, Kadafi manteve os ataques para recuperar o controle da cidade petroleira.
De acordo com a TV estatal Líbia, "a cidade de Ras Lanuf foi libertada dos grupos armados e em todas as instituições (da cidade) foram içadas as bandeiras verdes". As tropas agora se dirigirão a Benghazi, segunda maior cidade do país e que ainda está sob domínio da oposição.
A rede de notícias BBC informou que os rebeldes que estavam na cidade estão se dirigindo para o leste. A oposição, porém, negou que o governo esteja agora dominando a cidade.
Por: Thaís Romanelli
Fonte: Opera Mundi
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