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segunda-feira, 14 de março de 2011

Cenário Mundial; Cenário Nacional e Pequenas Notícias



Cenário Mundial
Há poucas semanas, com o dólar americano em direção ao abismo, especulava-se qual seria a reação dos EUA para garantir os acessos ao petróleo e às matérias primas indispensáveis ao ressurgimento de um parque industrial que suprisse ao menos seu mercado interno, já que internacionalmente ninguém poderia competir com a China.
Os russos foram os primeiros a prever publicamente o uso da maquina militar da OTAN para garantir o petróleo. Isto lhes agradava, pois aliviaria a pressão separatista islâmica em seu próprio território. A China, com o mesmo problema russo, também daria seu beneplácito. Entretanto deve ser lembrada a existência de outros “atrativos” mais a mão, como o nosso pré-sal e os minerais das áreas indígenas.
A onda dos movimentos “por liberdade” nos países do Norte da África e do Oriente Médio trouxe novos dados ainda não muito claros, que devem ser analisados em seus reflexos na disputa entre as potências por espaços e poder, acesso a matérias primas e mercados; cenário permanente nas relações internacionais.
Algumas das conseqüências se tornam evidentes como a tendência de formação de um bloco árabe-islâmico coeso e hostil aos EUA e a Israel. Ainda não está certo se os EUA perderão seus aliados árabes, mas esta é a tendência. Para Israel a situação provavelmente se agravará; mesmo que tivesse cedido na questão palestina, quando estava em posição de força, não teria a paz garantida. Muito menos adiantaria ceder agora.
Os massacres de cristãos em países de maioria muçulmana, se ainda não despertaram a indignação geral, preparam o espírito das massas para uma nova cruzada, que tal como algumas das anteriores, será forjada pelos interesses de diversas nações, quer seja por se sentirem ameaçadas, quer seja para ter acesso ao petróleo.
Esse cenário ainda em ebulição pode afastar temporariamente a ameaça sentida por todos os geopolíticos ao nosso pré-sal e a provocação da secessão das áreas indígenas, pois em véspera de guerra, os EUA tudo farão para conquistar a nossa aliança, ou ao menos a nossa simpatia. O perigoso para nós seria os EUA/OTAN desistirem do Oriente Médio e se concentrarem na América do Sul




Cenário Nacional
Lula deu sorte, ou foi de uma clarividência impar. A política de benefícios sociais, muitas delas exageradas, conseguiram manter a indústria e o comércio em funcionamento, atenuando ou mesmo anulando no País o efeito da crise financeira que atingiu os EUA com reflexos em quase todo o mundo. Aproveitando a situação privilegiada da alta das commodities, em seus dois últimos anos Lula retomou com sucesso o estilo desenvolvimentista dos governos militares e o País pode progredir, apos afastada a paralisante influência de Marina Silva e de seus inconseqüentes seguidores.
Os diversos escândalos pouparam a figura do então presidente, mas atingiram aos quadros do seu partido. Para suceder-lhe, sobrou a Lula apenas a Dilma. Outra vez, parece que acertou. Dilma iniciou agindo com coerência.
Entretanto há uma dívida a pagar, e se essa dívida não se deve exclusivamente ao último governante, nenhum tesouro nacional teria condições de atender ao que Lula tentou, ainda mais com os erros nas prioridades que foram feitos. O preço a pagar a Dilma herdou; ou melhor, nós é que herdamos. Entre estes:
1 – As prioridades erradas – Exemplos: Para prolongar a vida de um aidético deixa-se de salvar 100 maláricos; para tratar um drogado (e quase sempre sem sucesso) se gasta o que deveria ser investido em segurança


2 – O câmbio e os juros errados – A valorização do real acaba com a competitividade da indústria nacional. Os juros – os mais altos do planeta drenam as divisas e as verbas que seriam para a infraestrutura. A enxurrada de dólares entrando no País propicia a compra, por estrangeiros, de usinas, terras e outros bens de raiz, fonte de novos problemas no futuro


3 – Instituições caríssimas e ineficientes – Exemplos: Temos o Congresso, o mais caro do mundo e talvez o mais inútil, e um Judiciário que abre mão de território nacional para minorias inventadas e demonstra opção preferencial pelos malfeitores em detrimento das vítimas, além dos definitivamente distorcidos e nefastos INCRA, FUNAI e o Min. do Meio Ambiente.


4 – A debilidade militar – O descaso de governos anteriores e a nova situação mundial nos colocou em vulnerabilidade, com pequena capacidade de dissuasão.


5 – A exacerbação dos movimentos sociais, como o MST, MAB, indigenismos, movimentos quilombolas e outros, normalmente criados por ONGs estrangeiras, ameaçando dividir o País em pedaços e em segmentos hostis.


6 – A impunidade universal, impedindo os castigos, deixa em desvantagem as pessoas de bem, abalando a disciplina nas Forças Armadas e a educação das crianças.


7 – A valorização do hedonismo, destruindo os valores familiares incluindo a noção de pátria do dever e da honra.


Mas o cenário está evoluindo - A queda do dólar, a ascensão da China e agora as convulsões no mundo árabe trazem novos perigos, mas também novas oportunidades.

A principal ameaça parece ser a econômica, ressaltando a desindustrialização e a compra estrangeira de nossos recursos naturais. A segunda certamente é a militar, em função desses mesmos recursos. A terceira é a ameaça de desagregação nacional. É claro que estas ameaças não são as únicas e estão entrelaçadas

As principais oportunidades são o desenvolvimento dos setores onde seríamos imbatíveis, quer por termos o monopólio da matéria prima (por ex o nióbio e o quartzo), quer por vantagem significativa (agronegócio). Urge diminuir os juros e proteger as empresas nacionais de capital nacional de concorrências com que não possam competir e desenvolver o quanto antes a capacidade militar de dissuasão, sendo a melhor delas a bomba atômica.

Pequenas notícias
A juíza Claudia Maria Bastos Neiva acatou a alegação de que Lamarca não poderia ser beneficiado porque desertou do Exército para entrar na luta armada contra o regime militar e suspendeu a anistia ao desertor.

O dep. Reguffe pretende alterar o Código de Ética da Câmara para que ilícitos anteriores ao mandato possam resultar em punição, aproveitando o caso Jaqueline Roriz. O colegiado estava desacreditado com as últimas pizzas na Câmara.

Roraima continua em ebulição. Além do desagrado dos índios por ver secar sua fonte de alimentação (os arrozeiros), pode vir a ter nova eleição.

Até o Bispo de Jales, Dom Valentini, sabe que o código florestal em vigor, se aplicado inviabilizaria a agricultura nacional.
Que Deus guarde a todos vocês



Fonte: Gelio Fregapani

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