O Iraque deve assistir a mais protestos, mas os Estados Unidos não acreditam que eles tenham o objetivo de derrubar a frágil coalizão que governa o país, disse uma autoridade norte-americana nesta terça-feira. "As pessoas estão protestando não por uma mudança no regime, mas por serviços, contra a corrupção, por uma resposta melhor do governo às suas necessidades", disse Michael Corbin, vice-secretário assistente de Estado para o Iraque.
"Temos que monitorar o que o governo fará daqui em diante, mas também temos que ver o que os manifestantes estão fazendo", disse. "Basicamente, vamos continuar a ver protestos no Iraque, especialmente com a chegada do verão e a vontade das pessoas de ter eletricidade." Corbin destacou que alguns protestos recentes se tornaram violentos quando as forças de segurança do Iraque dispersaram as manifestações. Segundo ele, os protestos se inspiraram em eventos semelhantes em outros países do mundo árabe e tinham o objetivo de exigir emprego, eletricidade, água e outros serviços básicos, além do combate à corrupção.
Diferentemente de outros países, onde os manifestantes também exigem a queda de autocratas há muito tempo no poder, o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein foi derrubado há oito anos por uma invasão liderada pelos Estados Unidos. O primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki, obteve um segundo mandato no fim do ano passado como chefe da coalizão de governo. Ele deu 100 dias a seus ministros no mês passado para que promovam reformas.
Fonte: Reuters
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