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terça-feira, 8 de março de 2011

Cristãos e muçulmanos entram em confronto no Egito


Confrontos entre cristãos e muçulmanos acirraram-se em um dia de violentos protestos no Cairo. Soldados dispararam para o alto para dispersar os conflitos, que irromperam ao sul da capital egípcia enquanto as pessoas queimavam pneus e destruíam carros estacionados.

Mais cedo, milhares de cristãos foram às ruas em dois outros pontos do Cairo para reclamar do que afirmam ser perseguição da maioria islâmica. Além disso, centenas de mulheres pedindo igualdade de direitos e o fim de assédios sexuais entraram em confronto com homens. A tensão continua elevada no Egito, passado quase um mês do afastamento do presidente Hosni Mubarak.

Candidato egípcio indica que manterá tratado de paz com Israel

O presidente da Liga Árabe, Amr Moussa, que quer concorrer à presidência do Egito, indicou nesta terça-feira que vai manter um tratado de paz com Israel e prometeu combater a corrupção e fazer com que o país mais populoso do Oriente Médio se transforme numa democracia moderna.
Moussa, que é um conhecido diplomata de carreira e já foi ministro de Relações Exteriores, anunciou no mês passado que planeja concorrer nas eleições presidenciais do Egito no final deste ano. O ex-presidente Hosni Mubarak foi forçado a deixar o cargo no dia 11 de fevereiro depois de 18 dias de protestos populares pedindo sua renúncia.

Falando para algumas centenas de egípcios reunidos em um centro cultural, Moussa disse que vai "ouvir os jovens do Egito" e trabalhar junto com eles para tornar o país uma potência regional. À pergunta sobre o tratado de paz com Israel, ele disse que "nós egípcios temos a responsabilidade de lançar os fundamentos para a paz".

Moussa disse, no entanto, que vai possivelmente reconsiderar os termos de um controverso acordo sob o qual o Egito tem de vender a Israel 1,7 bilhão de metros cúbicos de gás por ano por 15 anos. Esse acordo tem despertado críticas internas, e há quem alegue que o gás é vendido por preços abaixo dos de mercado. Outros se ressentem com o tratamento de Israel para com os palestinos e dizem que o Egito não deve fornecer energia aos israelenses.



Fonte: Estadao

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