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terça-feira, 1 de março de 2011

Crise no Oriente Médio e Norte da África não afetou balança comercial com Brasil


Dados divulgados nesta terça-feira (01/03) pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) apontam que a crise nos países do Oriente Médio e do Norte da África não afetou a balança comercial com o Brasil.

No bimestre, as exportações do Brasil para o Oriente Médio aumentaram 26,5% e, para a África, cresceram 37,3%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os países são compradores, principalmente, de carnes, açúcar, minério de ferro e milho.

As importações brasileiras de produtos do Oriente Médio também não foram prejudicadas, tendo registrado aumento de 61,3% no acumulado de 2011, quando comparadas às importações do mesmo período do ano passado.

Segundo o secretário executivo adjunto do MDIC, Ricardo Schaefer, o aumento das exportações para esses países é resultado da medida de exportação para destinos diversificados adotada pelo governo. “No bimestre [no resultado geral da balança comercial], atingimos recorde histórico, retomando níveis pré-crise. Isso mostra que a estratégia que o governo desenhou de diversificação de mercados foi positiva. Quando olhamos o destino das exportações, acompanhamos o crescimento da economia mundial”, avaliou.

Schaefer afirmou que “é importante diversificar a pauta porque nunca sabemos onde o Brasil pode ter problemas operacionais para entrar [com exportações]”. Para o secretário executivo, ainda é cedo para prever se o saldo vai continuar positivo no futuro. “Nossas exportações com o Oriente Médio vêm crescendo nos últimos anos. Trabalho dentro da estratégia de diversificação de mercado. Porém, o percentual é pequeno, com 6%. Mesmo que haja uma crise muito forte estabelecida não acreditamos em efeito tão dramático na nossa balança comercial. Precisamos aguardar o desdobrar dessa crise no Norte da África”, ponderou.

No caso da exportação do petróleo, segundo Schaefer, o Brasil pode se beneficiar com a crise no Oriente Médio e no Norte da África. No entanto, não existe um estudo pronto para aproveitar esse fôlego do mercado, de acordo com ele.



Por: Luciene Cruz
Fonte: Agência Brasil

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