Páginas

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Corte de R$ 4 bi não afetará compra de caças, diz Jobim


O ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou nesta terça-feira que o valor provável do corte no Orçamento da Defesa para 2011 deve ser de R$ 4 bilhões, o que corresponde a uma redução de 26,5% em relação ao valor total de R$ 15,165 bilhões previsto para a pasta na Lei Orçamentária Anual (LOA). Segundo Jobim, apesar do corte, a decisão final sobre a compra de caças para o País será definida pela presidente Dilma Rousseff, após ouvir o Conselho de Defesa Nacional (CDN).

Jobim afirmou que o corte no Orçamento não terá necessariamente impacto na decisão sobre o Projeto FX-2, que prevê a compra de um pacote tecnológico relativo a caças para Aeronáutica. Um relatório sobre o assunto com o posicionamento da Defesa já foi entregue por ele a Dilma.
Segundo o ministro, ainda que Dilma decida este ano, os efeitos financeiros e orçamentários da compra das aeronaves só serão sentidos no Orçamento de 2012 ou 2013. Jobim afirmou que, após a decisão, as negociações relativas à compra, incluindo a fase de elaboração dos contratos, deverá durar cerca de um ano, a exemplo do que ocorreu com os submarinos do ProSub, na Marinha.

O corte ocorrerá nas despesas com manutenção operativa e projetos das Forças Armadas e demais órgãos vinculados à pasta. Essa parcela era originalmente de R$ 10,2 bilhões. Os R$ 4,8 bilhões restantes, diferença entre o saldo contingenciável e o valor total do Orçamento do Ministério da Defesa, refere-se ao montante fixado na lei orçamentária que não pode ser contingenciado por cobrir despesas obrigatórias e ressalvadas, como os gastos com o controle do espaço aéreo.
O anúncio do corte foi feito após reunião de Jobim com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Míriam Belchior. Jobim não detalhou quais projetos serão atingidos pela redução do Orçamento, mas adiantou que a medida terá impacto sobre o andamento de ações em curso nas áreas ligadas ao Ministério, algumas das quais poderão ser paralisadas.


Fonte: Terra

Nenhum comentário:

Postar um comentário