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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Brasil: Democracia? e Venda de Urânio

Preâmbulo

O nosso Brasil está vivendo tal deformação moral que já aceita que seus filhos sejam induzidos a conviver com o Kit-Gay, a aceitar a mais grosseira deformação de seus valores, como demonstra a audiência do BBB, que já ultrapassou os limites de licenciosidade ao vivo e a cores. Tolera-se a safadeza e a malandragem. O bandido e o drogado passam a ser os coitadinhos que necessitam de recuperação e não de castigo.

Um ex-presidente está em campanha pela legalização do consumo de maconha, agora, amealhando o apoio de banqueiros, empresários e outros notáveis globais. Os efeitos nocivos e amplamente demonstrados da droga para a saúde humana parecem pouco importar, a julgar pelos argumentos absurdos invocados em sua campanha. A proposta da legalização do consumo de drogas é amplamente patrocinada pelo especulador George Soros.

Incentiva-se a covardia – Não resista e nem olhe para o ladrão. Renda-se, sem espernear. Sua vida vale mais que sua honra.
Qual será a verdadeira intenção? A destruição do que resta das forças morais?


Democracia?
A emblemática abertura dos trabalhos legislativos foi lamentável; O Romário ficou jogando na barra da Tijuca e o Tiririca... Bem, isto é democracia.

Não falo especificamente da “nossa”, mas de forma geral. Inegavelmente a democracia tem funcionado bem nos EUA, mas nem tanto nas demais nações.

Os Estados Unidos, no afã de impor ao mundo sua democracia representativa só cria confusão. Para entender o porquê, vejamos o que diz Cesare Cantu, cuja teoria absorvi há décadas, com orientação do meu saudoso pai:

“A forma de governo de cada nação se assemelhará a forma de suas famílias. Assim, quando as famílias forem patriarcais o governo tenderá a ser autoritário; quando todos familiares tem participação financeira (em conseqüência nas decisões) o governo será democrático. Nos grupos familiares tipo árabes tradicionais, com haréns e eunucos para vigiar as esposas o governo só pode ser policialesco, e finalmente quando a massa das famílias se desestrutura, cada um se virando por si, apenas mantendo as aparências, viceja nos governos a demagogia/oligarquia/tirania, com seu cortejo de hipocrisia e corrupção”.

A democracia só conseguirá florescer aonde as famílias tenham estrutura econômica semelhante à dos norte-americanos, mas seria mesmo tão importante que todos os povos sejam democratas?. Seria a democracia a única forma de governo conveniente para todos os povos?. Se não for, como verificar qual seria a melhor forma para determinado povo?

Naturalmente isto só pode ser definido conhecendo a estrutura familiar do povo em estudo. Resultados? A democracia é, sem dúvida, a mais agradável para nós, mas por vezes até um governo policialesco dirigido por um “déspota esclarecido” pode conseguir melhores resultados e melhor aceitação do que um governo democrata com governante inepto. Veja-se Getulio Vargas. Tudo dependerá mais da integridade, da inteligência e da personalidade do dirigente, de seus auxiliares e das instituições do que da forma de governo. Nós mesmos já tivemos bons e maus governos quer na ditadura, quer na democracia. Qualquer das formas de governo dará maus resultados quando contaminadas pela demagogia. Esta, normalmente é reflexo da dissolução dos costumes da população ou mesmo apenas do grupo dominante. Já vivemos isto em nossa carne; os exemplos estão na memória de cada um.

Estamos ampliando o problema com a exaltação da cultura da malandragem com as leis liberalizantes em excesso, independente de sermos ou não, no momento, considerados uma democracia. A História nos mostra que os governos quando deterioram antes da massa da população, induzem e facilitam a dissolução da estrutura moral do resto da população. Creio que isto possa ser o caso do nosso Congresso.

De fato, todos os regimes políticos e econômicos estão sujeitos a serem atingidos por esses tristes fenômenos, e disto não escapou a nossa decantada democracia participativa.
Haverá algum antídoto para isto? Acredito que haja um no nosso caso, em que o governo (ou o Congresso) já deteriorou, mas a população ainda não – a democracia direta. Esta, só aplicada historicamente nas cidades-estados gregas e em Cantões da Suíça, parecia impossível de ser posta em uso em uma grande população e em uma vasta área, mas muitos governos (o nosso inclusive) tem recorrido a plebiscitos pensando em dar legitimidade à medidas que querem impor, (como a proibição da posse de armas, por exemplo) O resultado as vezes surpreendeu, pois apesar da inegável influencia da propaganda governamental, é difícil enganar uma maioria, e impossível comprá-la.

Tivessem havido plebiscitos sobre as questões mais polêmicas não teria acontecido a venda da Vale nem concessões no pré-sal, nem a proibição do uso de armas e muito menos a homologação da Raposa-Serra do Sol. Essas medidas foram tomadas a revelia dos desejos da nação por políticos e magistrados que não estão livres da suspeita de corrupção,
Com as facilidades da internet, a democracia direta virá. É só uma questão de tempo. O abaixo assinado da ficha limpa já nos demonstrou. Isto certamente diminuirá a importância dos parlamentares, o que será bastante benéfico, no nosso caso.

Urânio - Boa Notícia
Resumido de “O Estado de S. Paulo

O governo brasileiro já negocia a venda de combustível para usinas nucleares da China, da Coreia do Sul e da França. Alguns países só querem o urânio, mas o País rejeita exportar só a matéria-prima. As negociações têm por base a perspectiva de aumento do número de usinas nucleares no mundo e o alto preço alcançado pelo combustível no mercado internacional. Ainda não há uma decisão oficial sobre a exportação, mas temos uma das maiores reservas de urânio do mundo e dominamos a tecnologia de produção do combustível, ainda que em pequena escala.

O país apresentou a proposta de venda de elementos combustíveis para as 30 novas usinas em construção na China e para os clientes da multinacional francesa Areva, nossa parceira na construção de Angra 3. Os contatos coincidiram com o estudo sobre a viabilidade do enriquecimento de urânio feito pela Secretaria de Estudos Estratégicos e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que recomenda a produção de excedentes de urânio enriquecido para a exportação e estima que o país poderia faturar US$ 1,5 bilhão por ano nesse mercado.

Há uma queda de braço entre fornecedores de urânio natural sem valor agregado e fornecedores de serviços de enriquecimento que reflete o embate entre os que pensam no lucro imediato e os que querem o desenvolvimento, mas o Brasil está tomando consciência que quer ser algo mais do que um simples fornecedor de matéria prima.

 Que Deus guarde a todos vocês

Gelio Fregapani



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