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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Duas empresas brasileiras atuando no Egito


A Marcopolo, fabricante de ônibus, devido às tensões políticas no Egito decidiu trazer de volta para o Brasil os seus três funcionários que se encontravam no país africano. Além da insegurança existente, há eminente risco de desabastecimento de comida e combustível.

A empresa de Caxias do Sul firmou em 2008 uma joint venture com a egípcia GB Auto para a montagem e comercialização de ônibus. Com um investimento programado de US$ 50 milhões, a Marcopolo já produz mil unidades por ano para o Egito, Norte da África e Oriente Médio.

Repercutindo as incertezas políticas no Egito, as ações preferenciais da Marcopolo (POMO4) cairam 15,52% na semana passada, oferecendo um bom ponto de compra para os investidores. Na presente semana, os papéis da empresa já acumulam um ganho de 6,2%.
A Random, fabricante de carretas também de Caxias do Sul, firmou uma parceria no ano passado com a empresa privada Egypt Power. O plano é exportar US$ 5 milhões em peças do Brasil no primeiro ano de atuação e e US$ 10 milhões no quinto ano de operações.

As atividades da empresa estão interrompidas e sem previsão de retorno até que a segurança seja reestabelecida no Egito, mas diferentemente da Marcopolo, que trouxe seus funcionários de volta parao Brasil, os empregados da Random permanecem no país africano.
Como resultado da crise política no Egito, os papéis preferenciais da Random (RAPT4) tiveram uma desvalorização de 3,88% na semana passada e na presente semana acumulam perdas de 2,02%.

De modo geral, só uma situação extrema de interrupção do canal de Suez provocaria efeitos maiores nos mercados acionários, puxando os preços das commodities para cima. Além disso, como maior importador de trigo do mundo, o caos operacional que assola o Egito deve pressionar os preços desse produto no curto prazo.


Por: Artur Salles Lisboa de Oliveira.

Um comentário:

  1. Qual é real situação hoje, tendo em vista a questão de um novo governo, um governo no qual a população deposita um extremo grau de confiança, um governo por assim dizer "populista"? Visitei o Egito em julho deste ano, e acredito que mesmo em meio a tanta crise, é um país promissor, de grandes chances de crescer, economicamente falando!

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