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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Desemprego cai em 5 anos, mas aumenta entre os mais pobres


O total de trabalhadores desempregados caiu 31,4% no Brasil entre 2005 e 2010, mas aumentou entre os mais pobres.
Segundo um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), com base em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) das seis principais regiões metropolitanas do país --Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Recife--, o desemprego entre os 10% mais pobres cresceu 44,2% no mesmo período.

Em 2005, 23,1% da população mais pobre estava desempregada. No ano passado, esse número saltou para 33,3%, aponta o estudo. Já entre a população de maior poder aquisitivo, o desemprego diminuiu 57,1% nesses cinco anos (de 2,1% para 0,9%).
Segundo o Ipea, o desemprego entre os mais pobres era 37 vezes superior ao dos mais ricos em 2010. Em 2005, a taxa era 11 vezes maior. "A taxa de desemprego, que tende a ser mais elevada entre os trabalhadores de menor rendimento, tornou-se ainda mais um elemento de maior desigualdade no mercado de trabalho", informou o estudo.

BUSCA POR TRABALHO

O tempo gasto para procurar trabalho, por sua vez, diminuiu 27,3%, entre os mais pobres, de 248,3 dias, em 2005, para 341,4 dias, em 2010. Para os mais ricos, esse tempo subiu de 277 dias para 320,6 dias (15,7%). O Ipea avalia, entretanto, que os mais ricos podem estar sendo mais seletivos na hora de procurar emprego, enquanto que os mais pobres acessam principalmente trabalhos precários e de curta duração.

Para o Ipea, a pobreza passa cada vez mais a estar relacionada com o desemprego, e não com o trabalho mal remunerado. "É provável que boa parte dos desempregados mais pobres seja oriunda de empregos de curta duração e trabalhos precários", conclui o estudo.


Fonte: Folha

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