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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Brasil pede resultados "concretos" na reforma das Nações Unidas



Patriota preside debate no Conselho de Segurança da ONU

O chanceler brasileiro, Antônio Patriota, presidiu nesta sexta-feira um debate de alto nível no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre a interdependência entre paz, segurança e desenvolvimento.
Este foi o primeiro discurso do novo chefe da diplomacia do Brasil desde que tomou posso do cargo.

Patriota disse estar satisfeito com a reunião do conselho e ressaltou que as temáticas discutidas são muito ligadas ao trabalho que o Brasil está fazendo no Haiti.
Na opinião do chanceler, desde os estágios iniciais do desenvolvimento da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah), o Brasil tem defendido mandatos que incorporem atividades de reconstrução e consolidação da paz em paralelo a ações de manutenção da mesma.

A proposta do Brasil é aumentar os elementos de assistência em missões de paz e investigar a raiz da violência de um país, incluindo seu retrato social e econômico.
O chanceler brasileiro também citou "níveis preocupantes de frustração que, às vezes, se associam à presença das Nações Unidas em certas regiões do mundo".
Ele ainda afirmou que essa situação poderia melhorar se o conselho também enfocasse os impactos positivos de uma estratégia integrada e bem executada pelas agências, fundos, programas e instituições financeiras internacionais.
Participaram da sessão o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, representantes do Banco Mundial e ministros das Relações Exteriores de vários países.

Fonte: ANSA




Os quatro países que buscam uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU --entre eles o Brasil-- pediram nesta sexta-feira resultados "concretos" nos próximos meses nos esforços para reformar a composição do principal órgão de segurança internacional.
Representantes de Brasil, Alemanha, Índia e Japão indicaram, depois de se reunirem em Nova York, que tentarão obter avanços tangíveis antes da conclusão do atual período de sessões da Assembleia Geral da ONU, em setembro.
"A pressão vai aumentar aqui nas Nações Unidas para que seus membros finalmente enfrentem o desafio de abordar a reforma do Conselho de Segurança de uma maneira integral, ajustando-o à atual realidade geopolítica", disse em entrevista coletiva o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota.

Também participaram da reunião realizada na Missão da Índia nas Nações Unidas o ministro das Relações Exteriores do próprio país asiático, S.M. Krishna, seu colega alemão, Guido Westerwelle, e o secretário de Estado das Relações Exteriores japonês, Takeaki Matsumoto.
O chefe da diplomacia alemã disse que a autoridade da ONU diminuirá se o organismo não "refletir o mundo tal como é hoje", e fez o apelo para que a instituição aproveite que atualmente seu país, Brasil e Índia fazem parte do Conselho de Segurança, no qual também estão "pesos pesados" africanos como Nigéria e África do Sul.

Os quatro países indicaram em comunicado conjunto que redobrarão nos próximos meses os esforços para impulsionar o processo de reforma, embora não tenham precisado quais objetivos pretendem alcançar antes de setembro.
Segundo manifestaram, a "maioria arrasadora" dos 192 países que integram a organização apoia a ampliação dos membros permanentes e não-permanentes do Conselho de Segurança, assim como a maior representação dos países em desenvolvimento.
Atualmente, o Conselho é composto por 15 membros, dos quais cinco (França, China, Reino Unido, Estados Unidos e Rússia) são permanentes e têm poder de veto.
Os outros dez são escolhidos pela Assembleia Geral para mandato de dois anos.


Fonte: EFE

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