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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Anistia Internacional vê risco de tortura a diretor do Google


A Anistia Internacional alertou hoje sobre o risco de tortura e maus tratos contra o funcionário do Google detido no Egito, Wael Ghuneim. Ele foi levado por forças de segurança no dia 28 de janeiro durante as manifestações, segundo testemunhas. Desde então, Ghuneim, que é diretor de marketing para o Oriente Médio e o norte da África, está desaparecido.

O diretor havia saído de Dubai ao Egito para uma viagem de negócios e chegou a presenciar as manifestações na praça Tahrir. A família do funcionário passou a desconfiar do seu desaparecimento depois que ele faltou a uma reunião com o irmão. Eles tentaram contato, mas perceberam que os telefones estavam desconectados.

"As autoridades egípcias devem informar o paradeiro de Wael Ghuneim e devem libertá-lo ou acusá-lo de um crime reconhecido", declara em comunicado o subdiretor da Anistia Internacional para o Oriente Médio e norte da África, Hadj Sahraoui.
A organização exige que o detido tenha acesso a um médico e um advogado. "Seu caso é só um dos muitos que ilustram a contínua ofensiva das autoridades egípcias sobre quem exerce seu direito de protestar pacificamente", reforçou Sahraoui.

JORNALISTAS

Neste domingo, as forças de segurança detiveram mais um jornalista da TV Al Jazeera. O norte-americano, Ayman Mohyeldin, foi levado da praça Tahir onde os manifestantes se reúnem pelo 13º dia seguido.
A empresa já havia sido vítima de violência no país. Na sexta-feira, a sede da TV no Cairo foi invadida e incendiada e no sábado, o diretor do escritório e um outro repórter haviam sido detidos. A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) já conta ao menos 75 os jornalistas atacados durante a cobertura dos protestos antigoverno, entre eles brasileiros.


Fonte: EFE

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