Pelo quarto dia consecutivo, o Iêmen enfrenta hoje (14) mais um dia de protestos em defesa de reformas políticas e em favor da renúncia do presidente do país, Ali Abdullah Saleh. Nos confrontos desta segunda, os ativistas – a favor e contra ao governo - jogaram pedras uns contra os outros. Os manifestantes se reuniram em frente ao quartel general da divisão de inteligência da polícia.
Os protestos são inspirados pelas manifestações no Egito que tiveram início no dia 25 de janeiro e que levaram à queda do regime do então presidente Hosni Mubarak.
A polícia se posicionou entre os cerca de 500 ativistas contrários ao governo de Ali Abdullah Saleh e um grupo de cem pessoas a favor do regime que se posicionava do outro lado.
Houve manifestações em diferentes cidades do país. Os protestos se estenderam da cidade industrial de Taiz até Sanaa. Os ativistas reivindicam a libertação de dissidentes políticos e dos presos nos últimos protestos.
Pressionado, Saleh fez concessões expressivas, entre elas, a promessa de encerrar seu mandato em 2013. No governo há 32 anos, o presidente adiou uma visita que tinha programado no domingo a Washington, devido à instabilidade no país.
Saleh assumiu depois de um golpe militar em 1978. O mandato presidencial é de sete anos, mas ele tem sido reeleito em todas as votações.
Fonte: Agencia Brasil
Jornalista e cinegrafista da BBC são atacados em protestos no Iêmen
Um jornalista da BBC e o cinegrafista foram atacados de forma deliberada no Iêmen nesta segunda-feira por partidários do governo quando documentavam os violentos protestos contra o presidente Ali Abdullah Saleh, informou a rede de televisão. Ao menos 17 pessoas ficaram feridas nos confrontos
Abdullah Ghorab, o correspondente da BBC em árabe no Iêmen, foi deixado ferido e com o nariz sangrando no incidente na capital, Sanaa.
O cinegrafista Mohammed Omrar foi espancado e teve o telefone celular e relógio tomados, informou a BBC em um comunicado.
Após realizar o ataque, os homens jogaram Ghorab na direção do carro de Hafez Meiyad, um funcionário iemenita conhecido por ser próximo do presidente, que criticou o repórter por manchar a reputação do país, disse o comunicado.
O jornalista contou à France Presse que foi espancado por "homens do partido do governo".
O ataque, próximo à Universidade de Sanaa, só chegou ao fim quando a polícia interveio e os homens foram embora, disse a rede de televisão. Ghorab precisou de atendimento médico após o ocorrido.
A BBC afirmou que reclamará para as autoridades iemenitas sobre o "ataque deliberado".
"A BBC condena este ataque contra nossos jornalistas que estão fazendo o melhor em circunstâncias muito difíceis para reportar a situação do Iêmen", disse Peter Horrocks, diretor da BBC Global News.
Fonte: G1
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