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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Confronto entre o Exército e rebeldes deixa ao menos 16 mortos no Sudão


Ao menos 16 pessoas morreram em confrontos entre uma milícia dissidente e o Exército do Sudão do Sul, informaram as forçasmilitares nesta quinta-feira, suscitando temores sobre a estabilidade do Sul, região produtora de petróleo que se prepara para declarar sua independência do Sudão.

Os confrontos contra as forças fiéis ao grupo de George Athor no estado de Jonglei, no Sudão do Sul, entre quarta e quinta-feira, romperam um instável cessar-fogo estabelecido com o governo sulista. O incidente ocorreu após uma revolta militar no estado vizinho do Alto Nilo, em que ao menos 60 pessoas morreram.
A violência encerrou em um período de relativa calma no território pobre e dividido, e num momento delicado para a região. Na segunda-feira, resultados finais de um referendo mostraram que quase 99% dos sulistas votaram pela separação do norte. A votação era prevista pelo acordo de paz de 2005, que encerrou décadas de guerra civil.

Estima-se que cerca de 2 milhões de pessoas tenham morrido no conflito, marcado também pela violência entre milícias rivais no sul do país. Há temores de que as antigas divisões possam ressurgir no período que antecipa a secessão, prevista para o dia9 de julho. A guerra entre o norte o sul do Sudão foi inflada por diferenças étnicas, ideológicas, religiosas e pela questão do petróleo, que garantiu ao sul armas e munições.

Fonte: Reuters



Ministro do Sudão do Sul é assassinado

O ministro de Cooperativas de Desenvolvimento Rural do Sudão do Sul, Jimmy Lemi Milla, e seu guarda-costas foram mortos a tiros em Juba, capital da região autônoma do sul. "Houve um tiroteio no complexo dos ministérios no qual o ministro foi morto, assim como seu guarda-costas", disse o porta-voz do partido Exército de Libertação do Povo do Sudão (ELPS), Philip Aguer, à agência France Presse.

Testemunhas disseram que o assassino invadiu o carro de Lemi, que estava estacionado do lado de fora do ministério, pegou a arma que o guarda-costas havia deixado para trás e entrou no escritório do ministro, contra quem disparou várias vezes. "Ele atingiu o ministro com dois tiros na testa, dois nos ombros e mais um no braço. Ele morreu imediatamente", disse Thomas Wani Kondo, legislador do ELPS.
Kondo, que é da mesma região de Lemi, disse que o assassino é casado com uma parente do ministro e que havia trabalhado com ele, mas fora demitido e prometeu se vingar. "Ele queria receber o dinheiro de seu salário que não havia recebido nos últimos dois meses", disse Kondo. Segundo o legislador, o assassino "foi jogado ao chão e os serviços de segurança o detiveram".

Lemi, que é do grupo étnico Bari, era integrante do Partido Congresso Nacional, mas se juntou a grupos que abandonaram a guerrilha depois que o Sul e o Norte do Sudão assinaram um acordo de paz, em 2005, para encerrar mais de 20 anos de guerra civil. Ele foi indicado para o gabinete no ano passado, depois de uma pequena alteração ocorrida após a morte do ministro da Agricultura do Sudão do Sul, Samson Kwaje.
Após um referendo realizado no mês passado, o Sudão do Sul deve se tornar oficialmente independente no dia 9 de julho. As informações são da Dow Jones.


Fonte: AE

Enviado especial dos EUA ao Sudão deixa cargo, diz Casa Branca

O enviado especial dos Estados Unidos ao Sudão, Scott Gration, renunciou ao cargo, informou a Casa Branca na quinta-feira.
'Gostaríamos de salientar que sua saída não indica que esse governo está se retirando dos muitos desafios que ainda enfrentamos no Sudão, particularmente em Darfur', afirmou o comunicado.
Gration, um conselheiro de longa data do presidente norte-americano, Barack Obama, irá se tornar embaixador dos Estados Unidos para o Quênia.


Fonte: Reuters

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