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domingo, 6 de fevereiro de 2011

Após confrontos com a Tailândia, Camboja pede ajuda à ONU


Novos confrontos foram registrados neste domingo entre Camboja e Tailândia, pelo terceiro dia consecutivo e apesar de um cessar-fogo anunciado na véspera, perto de um templo reivindicado por ambas as partes em uma região de fronteira, segundo militares de ambos os países.
Em uma declaração transmitida pela rede de televisão estatal, o primeiro-ministro do Camboja, Hun Sen, recorreu neste domingo à ONU (Organização das Nações Unidas) para ajudar a "cessar a agressão" tailandesa que "ameaça gravemente a paz e a estabilidade na região".
Por sua vez, o porta-voz do governo da Tailândia, Panitan Wattanayagorn, garantiu que o Camboja começou a atacar. "O que fazemos é proteger nosso país, nossa soberania", disse.

Um país culpa o outro pelos confrontos, que começaram na sexta-feira.
O governo do Camboja acusou, por sua vez, a artilharia tailandesa de danificar o templo Khmer de Preah Vihear, declarado patrimônio mundial pela Unesco (agência cultura da ONU) e que os dois países reivindicam.
"Uma ala de nosso templo de Preah Vihear foi derrubada", afirmou uma autoridade militar citada em um comunicado do governo.

A fronteira entre Camboja e Tailândia nunca foi totalmente delimitada, o que alimenta conflitos que geraram vários incidentes armados com vítimas mortais em 2008 e 2009.
Nesta ocasião, a disputa centrou-se em torno do templo de Preah Vihear, ruínas do século 11 cuja soberania corresponde ao Camboja, segundo uma decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ) de 1962.

Mas os tailandeses controlam seus principais acessos e muitos setores não foram delimitados, como, por exemplo, uma região de 4,6 quilômetros quadrados adjacente ao templo.
Nos confrontos dos dois primeiros dias, os mais violentos desde 2008, morreram pelo menos cinco pessoas: um soldado e um civil tailandeses e dois soldados e um civil cambojanos.
Mas meios de comunicação dos dois países afirmam que o balanço é muito maior: os jornais da Tailândia falam de 64 soldados cambojanos mortos, enquanto no Camboja jornais afirmam que há 30 vítimas mortais entre as forças tailandesas.


Fonte: AFP

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