Os confrontos entre manifestantes e policiais se intensificaram nesta quarta-feira (26/01) no Cairo, no segundo dia de protestos contra o regime político do presidente Hosni Mubarak, com um resultado de dezenas de feridos e centenas de detidos.
Após a trégua que as forças de segurança deram na terça-feira (25/01) durante a maior parte do dia aos participantes dos protestos, a situação nesta manhã levou os policiais a usarem a violência contra os manifestantes, que começaram a se reunir nos arredores da Corte Suprema e do Sindicato de Jornalistas às 15h30 (11h30 de Brasília), entre fortes medidas de segurança.
As primeiras mobilizações foram registradas na sede do Sindicato dos Jornalistas, onde dezenas de pessoas, na maioria jovens, gritavam palavras de ordem contra o presidente Mubarak, no poder desde 1981.
Os enfrentamentos se intensificaram uma hora depois quando os participantes bloquearam a via principal e as forças de segurança usaram gás lacrimogêneo e balas de borracha. Após o ataque da polícia, que perseguiu os manifestantes com paus e jatos de água, muitos correram para se refugiar na estação de metrô mais próxima, Nasser, cujo nome presta homenagem ao ex-presidente Gamal Abdel Nasser.
Pouco depois, em uma avenida próxima, os manifestantes tacaram pedras e garrafas vazias na Polícia, também queimaram um carro e vários pneus. Quanto aos detidos, os números ainda não são precisos, mas fontes dos serviços de segurança disseram à agência de notícias Efe que, nos últimos dois dias, mais de 800 pessoas foram presas, 300 delas só na terça-feira.
Ao todo, seis pessoas morreram desde terça-feira nos confrontos. Nesta quarta-feira, de acordo com o serviço de segurança, um manifestante e um policial morreram em um bairro central do Cairo.
Denúncia
Nesta manhã, várias organizações defensoras dos direitos humanos e movimentos opositores denunciaram o "sequestro de centenas" de manifestantes pela polícia durante os protestos.
De acordo com a Efe, policiais vestidos à paisana levaram presos dezenas de manifestantes, que se concentravam entre o Ministério da Informação e o Hotel Ramsés Hilton.
A denúncia foi feita hoje quando se confirmou uma quarta vítima, um civil, que morreu em um hospital da localidade de Suez por causa dos ferimentos recebidos nos protestos de terça-feira. Com este caso, já são três civis e um policial os mortos até agora.
Ativistas e mais 30 ONGs, denunciaram em comunicado que a polícia mantém centenas de detidos em "centros da Segurança Central e nas províncias". No comunicado, garantem que os policiais proibiram os advogados de várias ONGs de entrarem em contato com alguns feridos, alguns dos quais em estado grave, segundo os signatários.
Além disso, as autoridades cortaram as linhas de telefones celulares de alguns ativistas durante o protesto, acrescentaram.
Em reunião mantida nesta manhã no centro pró-direitos humanos Hisham Mubarak vários ativistas opositores de distintas correntes prepararam uma demanda para exigir às autoridades que anunciem o paradeiro dos detidos e que sejam libertados.
Após a trégua que as forças de segurança deram na terça-feira (25/01) durante a maior parte do dia aos participantes dos protestos, a situação nesta manhã levou os policiais a usarem a violência contra os manifestantes, que começaram a se reunir nos arredores da Corte Suprema e do Sindicato de Jornalistas às 15h30 (11h30 de Brasília), entre fortes medidas de segurança.
As primeiras mobilizações foram registradas na sede do Sindicato dos Jornalistas, onde dezenas de pessoas, na maioria jovens, gritavam palavras de ordem contra o presidente Mubarak, no poder desde 1981.
Os enfrentamentos se intensificaram uma hora depois quando os participantes bloquearam a via principal e as forças de segurança usaram gás lacrimogêneo e balas de borracha. Após o ataque da polícia, que perseguiu os manifestantes com paus e jatos de água, muitos correram para se refugiar na estação de metrô mais próxima, Nasser, cujo nome presta homenagem ao ex-presidente Gamal Abdel Nasser.
Pouco depois, em uma avenida próxima, os manifestantes tacaram pedras e garrafas vazias na Polícia, também queimaram um carro e vários pneus. Quanto aos detidos, os números ainda não são precisos, mas fontes dos serviços de segurança disseram à agência de notícias Efe que, nos últimos dois dias, mais de 800 pessoas foram presas, 300 delas só na terça-feira.
Ao todo, seis pessoas morreram desde terça-feira nos confrontos. Nesta quarta-feira, de acordo com o serviço de segurança, um manifestante e um policial morreram em um bairro central do Cairo.
Denúncia
Nesta manhã, várias organizações defensoras dos direitos humanos e movimentos opositores denunciaram o "sequestro de centenas" de manifestantes pela polícia durante os protestos.
De acordo com a Efe, policiais vestidos à paisana levaram presos dezenas de manifestantes, que se concentravam entre o Ministério da Informação e o Hotel Ramsés Hilton.
A denúncia foi feita hoje quando se confirmou uma quarta vítima, um civil, que morreu em um hospital da localidade de Suez por causa dos ferimentos recebidos nos protestos de terça-feira. Com este caso, já são três civis e um policial os mortos até agora.
Ativistas e mais 30 ONGs, denunciaram em comunicado que a polícia mantém centenas de detidos em "centros da Segurança Central e nas províncias". No comunicado, garantem que os policiais proibiram os advogados de várias ONGs de entrarem em contato com alguns feridos, alguns dos quais em estado grave, segundo os signatários.
Além disso, as autoridades cortaram as linhas de telefones celulares de alguns ativistas durante o protesto, acrescentaram.
Em reunião mantida nesta manhã no centro pró-direitos humanos Hisham Mubarak vários ativistas opositores de distintas correntes prepararam uma demanda para exigir às autoridades que anunciem o paradeiro dos detidos e que sejam libertados.
Fonte: Opera Mundi
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