O ex-premiê libanês Saad Hariri afirmou neste sábado que a queda de seu governo, em 12 de janeiro, deveu-se "a enormes pressões externas cuja finalidade foi mudar as regras do jogo democrático".
Em um comunicado publicado por seu partido, a Corrente do Futuro, Saad Hariri afirmou que a derrubada de seu gabinete foi "a conclusão de uma ordem chegada do exterior que se preparava havia meses e que foi aplicada com instrumentos locais".
Dessa forma, acusou implicitamente a Síria e o Irã de ter provocado sua queda, graças à ação no Líbano do Hezbollah, o poderoso partido armado xiita, apoiado por esses dois países.
Hariri completou que seu partido não negociará no Tribunal Especial para o Líbano (TEL), encarregado de identificar e julgar os suspeitos do assinassinato em 2005 do ex-premiê Rafic Hariri, pai de Saad.
A nomeação na terça-feira passada do novo chefe do governo libanês, Nayib Mikati, seguiu-se à queda do governo de Saad Hariri, provocada pela renúncia dos ministros do Hezbollah, que exigia que Hariri desautorizasse o TEL.
O Hezbollah está certo de que será condenado pelo tribunal e acusa o TEL de ser manipulado por Israel e pelos Estados Unidos.
Por sua vez, a coalizão de Hariri, que exige um compromisso claro a favor da cooperação do Líbano com o TEL, afirmou até o momento que não participará no futuro gabinete de Mikati.
Fonte: France Presse
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