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domingo, 30 de janeiro de 2011

Países emergentes cobram dos ricos cumprimento de acordos anteriores na Rodada Doha


Na expectativa de retomar as negociações da Rodada Doha, Brasil, China, Índia e África do Sul cobraram nesta sexta-feira (28/01) o cumprimento de acordos anteriores por parte da União Europeia e dos Estados Unidos, entre outras nações, que impõem obstáculos às exportações destas regiões.

Os quatro países se negam a negociar propostas que possam prejudicá-los e exigem que as nações ricas revejam a adoção das tarifas elevadas sobre os produtos das regiões em desenvolvimento.

O assunto foi tema de uma reunião hoje do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota com seus homônimos da China, Chen Deming; Índia, Anand Sharma, e da África do Sul, Rob Davies. Eles conversaram durante as negociações comerciais no Fórum Mundial Econômico de Davos na Suiça.

Em nota, o Itamaraty resumiu a iniciativa destes países. “Os ministros se valeram da oportunidade para trocar impressões sobre o atual esforço para concluir a Rodada Doha. [Os ministros] ressaltaram a mensagem política emitida por seus líderes durante a Cúpula do G20 [grupo dos países mais ricos do mundo], em Seul, e reiteraram seu compromisso com as negociações”.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, os ministros dos quatro países ressaltaram que estão dispostos a buscar uma solução para os impasses e encerrar as divergências, desde que os acordos não sejam prejudiciais para os países em desenvolvimento.

Há uma série de disputa comerciais em discussão. Uma delas envolve os Estados Unidos e a Índia e trata da elevação de tarifas de importação para produtos agrícolas. Também existem reclamações específicas do grupo - China, Índia e Brasil – para obter um acesso maior a seus produtos agrícolas na Europa e nos Estados Unidos, que cobram mais abertura para os bens industriais e de serviços no resto do mundo.

Fonte: Opera Mundi
Por:  Renata Giraldi

Brasil comandará o Conselho de Segurança das Nações Unidas até dezembro deste ano


Na próxima terça-feira (01/02), o Brasil assume a presidência do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas ). Por um ano, até dezembro, o comando será brasileiro. O posto é rotativo e sempre ocupado por um dos 15 membros do órgão. Há anos, o Brasil tenta ocupar um assento permanente no conselho e defende sua reforma. Ao assumir o comando, o objetivo é ampliar os debates para as áreas de conflito nas regiões mais pobres do mundo.

As informações são confirmadas pelas Nações Unidas. No dia 11 de fevereiro, o Brasil promove um debate sobre as questões paz, segurança e desenvolvimento. O ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, deverá participar das discussões.

Na ONU, o Brasil é representado pela embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti. De acordo com diplomatas que acompanham as discussões nas Nações Unidos, o momento é para observar com atenção o que ocorre no Kosovo, no Congo e em Guiné Bissau, além dos efeitos do plebiscito no Sudão.
No ano passado, em sessão das Nações Unidas em nome do governo brasileiros, o então ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, defendeu a reforma urgente da atual estrutura do Conselho de Segurança. Criado em 1945, depois da Segunda Guerra Mundial, o formato do órgão estabelece que cinco países tenham assento permanente e dez ocupem provisoriamente, por dois anos, as vagas.

Uma das propostas em discussão é que, entre os seus integrantes permanentes, sejam incluídos mais dois países da Ásia, um da América Latina, outro do Leste Europeu e um da África. Atualmente, são integrantes permanentes do conselho os Estados Unidos, a Rússia, China, França e Inglaterra. Já o Brasil, a Turquia, Bósnia Herzegovina, o Gabão, a Nigéria, Áustria, o Japão, México, Líbano e Uganda são membros rotativos no órgão, com mandato de dois anos.

É o Conselho de Segurança das Nações Unidas que autoriza a intervenção militar em um dos 192 países-membros da organização e também que estabelece sanções – como ocorreu ao Irã, em junho. Os conflitos e crises políticas são analisados pelo conselho, que define sobre o envio e a permanência de militares das missões de paz.

No ano passado, em junho, Brasil e Turquia, que integram o Conselho de Segurança das Nações Unidas, votaram contra as sanções ao Irã. O Líbano se absteve da votação, mas 12 países foram favoráveis às restrições. Para a comunidade internacional, o programa nuclear do Irã é suspeito de produção secreta de armas atômicas. Os iranianos negam.

 
Fonte: Opera Mundi
Por: Renata Giraldi

ONU: mídia estatal da Costa do Marfim pode incitar genocídio como o de Ruanda


O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, advertiu que as campanhas que estão sendo realizadas pelos meios de comunicação estatais da Costa do Marfim poderiam provocar um genocídio semelhante ao de Ruanda em 1994, quando mais de 800 mil pessoas morreram em decorrência das rivalidades étnicas.

"Os meios de comunicação do Estado marfinense estão sendo utilizados como armas, e estão divulgando mensagens de ódio e incitando à violência", declarou Ban na noite deste sábado (29/01), véspera da 16ª Cúpula da União Africana (UA), após uma reunião entre representantes do bloco e da ONU, em Adis-Abeba.

Os veículos midiáticos estatais da Costa do Marfim transmitem mensagens de apoio à autoridade de Laurent Gbagbo, que se recusa a deixar o governo marfinense após a vitória eleitoral de seu adversário Alassane Quattara, reconhecida pela comunidade internacional.

No genocídio de Ruanda, em 1994, emissoras de rádio pregavam o ódio entre as etnias tutsi e hutu. A rivalidade de ambas resultou numa das maiores catástrofes humanitárias da História.

"Devemos nos fixar nas lições do passado e nas consequências que poderiam causar as ações dos meios de comunicação", disse o secretário-geral pouco antes de mencionar o caso do genocídio ruandês.

Comissão

Neste sábado, a UA anunciou a formação de uma comissão para analisar a situação na Costa do Marfim e solucionar a crise que surgiu após o segundo turno das eleições presidenciais, realizadas em 28 de novembro.

Por sua vez, Ban propôs na noite deste sábado que o painel da UA trabalhe com a ONU "em todos os aspectos e em todos os períodos do processo" para o fim da crise política na Costa do Marfim, onde atualmente há dois presidentes e dois Governos paralelos.

Fonte: EFE

Wikileaks: EUA financiaram movimentos pró-democracia, apesar de Mubarak


Os Estados Unidos financiaram com dezenas de dólares uma série de organizações de promoção da democracia no Egito, para o desgosto do presidente Hosni Mubarak, segundo notas obtidas pelo WikiLeaks e publicadas nesta sexta-feira pelo jornal norueguês Aftenposten.

A Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID) teria destinado 66,5 milhões de dólares em 2008 e 75 milhões em 2009 a programas egípcios de defesa da democracia e de boas práticas de governança, segundo uma nota enviada dos Estados Unidos ao Cairo em 6 de dezembro de 2007.
“O presidente Mubarak é profundamente cético quanto ao papel dos Estados Unidos na promoção da democracia”, destaca outro telegrama diplomático, com data de 9 de outubro de 2007.

Segundo o Aftenposten, que afirma ter obtido – de forma ainda não revelada – a íntegra dos 250.000 documentos diplomáticos aos quais o WikiLeaks teve acesso, os Estados Unidos contribuíram assim para “desenvolver forças que se opõem ao presidente”.
O Egito é palco desde terça-feira de violentas manifestações contra o regime de Hosni Mubarak.

Fonte: AFP

Marinha renovará frota sob ”pressão estratégica”

 
A renovação da frota da Marinha do Brasil não foi cancelada nem adiada pela presidente Dilma Rousseff. O negócio, envolvendo 11 navios e estimado entre 4 bilhões e 6 bilhões, continua em andamento. A fase atual é de consultas a empresas candidatas à parceria pretendida. “O tempo para execução é o tempo da pressão estratégica”, diz o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Analistas ouvidos pelo Estado concordam que essa condição de ameaça é, atualmente, de baixa intensidade, mas lembram que “a curva é ascendente, se projetada para os próximos 20 a 25 anos”, de acordo com o relatório Projeção 2025, feito em 2009 pela Secretaria de Assuntos Estratégicos. A escolha final, entre ofertas de Itália, Reino Unido, Alemanha, Coreia e França, deve sair até o fim do ano. A primeira fragata ficará pronta entre 2018 e 2019 – a entrega do navio patrulha ocorre 12 meses antes.
 
O contrato inicial, todavia, será firmado em 2012. Depois da seleção, a complexidade do processo exigirá um ano de discussões para ajuste da transferência de tecnologia, estabelecimento da rede de fornecedores e das compensações comerciais. Só então haverá o pagamento do adiantamento formal, cerca de R$ 100 milhões. É para o custeio da implementação da operação. Apenas seis meses mais tarde é que vence a primeira parcela semestral, referente aos juros do financiamento. O principal da dívida começa a ser abatido 180 dias depois, em meados de 2013.
 
 
É a mesma arquitetura financeira aplicada na escolha dos novos caças de múltiplo emprego da Aeronáutica, a F-X2.Em nenhum dos dois casos existe a previsão de desembolso imediato. O ministro Jobim sustenta que a indicação do avião vencedor será anunciada até julho pela presidente Dilma. Em 2013 a Marinha vai adquirir 24 unidades da mesma aeronave, mas em versão embarcada para equipar um novo porta-aviões de 60 mil toneladas que planeja incorporar entre 2027 e 2031 – a nau capitânia da projetada 2.ª Frota, na foz do Amazonas. Pacote. Em maio de 2010, a Marinha apresentou aos empresários do setor seu plano completo, abrangendo 61 navios de superfície, mais cinco submarinos, quatro de propulsão diesel-elétrica e um movido a energia nuclear. As encomendas vão até 2030.
 
O pacote prioritário, definido como Prosuper, abrange cinco fragatas de 6 mil toneladas com capacidade stealth, de escapar à detecção eletrônica, cinco navios escolta oceânicos, de 1,8 mil toneladas, e um navio de apoio, de 22 mil toneladas, para transporte e transferência em alto mar de todo tipo de suprimentos. A intenção da Marinha é que apenas a primeira fragata e o primeiro patrulheiro sejam construídos fora do País, embora com acompanhamento de técnicos e engenheiros brasileiros. Há grupos diretamente interessados em participar desse empreendimento. A Odebrecht Defesa prepara os estaleiros da Enseada do Paraguaçu, na região metropolitana de Salvador, Bahia, para disputar o Prosuper. A empresa, associada à francesa DCNS, está construindo em Itaguaí, no Rio, uma nova base naval e mais as instalações industriais de onde sairão os cinco submarinos do Prosub, encomendados por 7,6 bilhões. Outra prioridade da Marinha do Brasil, para ser cumprida em etapas ao longo de 15 anos, é o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul, o SisgAAz. É uma espécie de Sivam – a rede de radares e sensores eletrônicos que controla o espaço aéreo da região amazônica – do mar.
 
A área de cobertura do SisgAAz é imensa – cerca de 4,5 milhões de quilômetros quadrados, o equivalente à metade do território nacional, e tão grande quanto a Europa Ocidental. O aparato é destinado a vigiar e proteger um tesouro – na indústria da energia são 15,3 bilhões de barris de petróleo, 133 plataformas (86 fixas, 47 flutuantes) de processamento da Petrobrás, o patrimônio decorrente de investimentos da ordem de US$ 224 bilhões de 2010 até 2015. Mais que isso: estão sendo desenvolvidas pesquisas a respeito da biodiversidade exótica, encontrada nas fontes hidrotermais localizadas nas zonas de encontro das placas tectônicas. As características apuradas permitem garantir aproveitamento na indústria farmacêutica e de cosmésticos em escala bilionária. O oceano, na abrangência controlada pelo Brasil, abriga, ainda, 80 reservas de 100 materiais estratégicos. Mapeadas, não prospectadas.
 
Italianos. Até dezembro de 2010, a vantagem na análise preliminar das propostas era do consórcio italiano Fincantieri Cantieri Navali. O preço era bom, o modelo de transferência de conhecimento avançado foi considerado satisfatório e o tipo de fragata, da classe Freem, desenvolvido junto com a França, adequado às especificações. O clima desandou há três semanas, quando a deputada Fiamma Nirenstein, vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores do Parlamento da Itália, propôs o congelamento do acordo bilateral de cooperação em Defesa assinado por Nelson Jobim e seu colega de Roma, Ignazio de La Russa. O motivo alegado é o veto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à extradição do ex-ativista Cesare Battisti, condenado pela Justiça italiana por quatro homicídios. Dilma não gostou da atitude. A Fincantieri não é mais a favorita. Mas continua no páreo.
 
 
Fonte: Estadao
 

Grupo islâmico surge como alternativa de poder no Egito


Manifestantes se colocam na frente de tanque na praça Tahrir, no Cairo.
Se o presidente do Egito, Hosni Mubarak, deixar de fato o poder como exigem os manifestantes que tomam as ruas desde a última terça-feira, as questões em torno do futuro do país parecem passar pela chegada dos fundamentalistas islâmicos ao poder.

Oficialmente ilegal, mas tolerado, o grupo Irmandade Muçulmana é o maior representante da oposição a Mubarak no Egito, com uma rede de milhares de seguidores.
Segundo a correspondente da BBC no Cairo Yolande Knell, se ocorrerem eleições no país, as chances da Irmandade chegar ao poder são muito claras.
Com seus candidatos concorrendo como independentes, a Irmandade ganhou um quinto das cadeiras nas eleições parlamentares de 2005 - metade dos assentos os quais o movimento disputou.

Neste domingo, porta-vozes da Irmandade Muçulmana afirmaram que o movimento apoia o ex-diretor da Agência Internacional de Energia Nuclear (AIEA) e prêmio Nobel da Paz Mohammed ElBaradei como o nome para coordenar uma eventual transição de poder.
Por sua vez, ElBaradei já afirmou anteriomente que a Irmandade Muçulmana deveria ser um partido político legal, além de ter trabalhado com um grupo ligado à Irmandade, a Associação Nacional para a Mudança, para coletar assinaturas em favor de uma reforma constitucional.

De acordo com a correspondente da BBC, Mubarak cita há tempos a ameaça de uma tomada islâmica do Egito para convencer as potências ocidentais de que as duras táticas políticas do seu partido, o NDP, são válidas.
Na semana passada, mais de 30 integrantes da Irmandade Muçulmana foram detidos depois que o movimento saiu em apoio dos protestos contra Mubarak. Ele foram levados à prisão de Wadi Natran, no norte do Cairo.

No entanto, os detentos escaparam da cadeia na noite desse sábado, depois de uma rebelião ocorrida na prisão, como consequência da subversão parcial da ordem no país.
Em entrevista à BBC, um dos detidos, Essam elErian, diz ter sido sequestrado por forças policiais e levado junto dos outros ativistas ao quartel-general da polícia, tendo ficado detidos por três noites.

Enquanto a Irmandade Muçulmana tem sido cuidadosa durante os atuais protestos, assumindo um papel discreto, um dos líderes do movimento disse à BBC que o Ocidente deve respeitar as crenças religiosas e as aspirações dos egípcios.
'O Islã é compatível com a democracia, ele é a favor da alternância de poder, ele é a favor dos direitos e deveres iguais para todos os cidadãos', disse Essam El Erian. 'O Islã quer um Estado democrático e moderado. É necessário ouvir o povo.'

Eventual sucessão

Dos nomes citados para uma eventual sucessão de Mubarak, Mohammed ElBaradei é considerado por muitos ativistas um líder adequado para uma transição de poder, de caráter secular e respeitado internacionalmente.
Crítico do governo de Mubarak, ElBaradei participou pessoalmente nos últimos dias dos protestos no Cairo, apresentando-se como um postulante para negociar uma mudança de governo - bem como para assumir a presidência.

Segundo Yolande Knell, a postura forte do Nobel da Paz contra o atual presidente fez com que muitos egípcios, que antes não davam importância para a política, ficassem mobilizados.
Entre outros nomes para um futuro governo, está o do presidente da Liga Árabe, Amr Moussa, que já foi um popular ministro das Relações Exteriores egípcio.

Além dele, o novo vice-presidente do país, general Omar Suleiman, também aparece com força. Suleiman é um militar - assim como todos os presidentes que sucederam a derrubada da monarquia, em 1952 - e poderia assumir o poder durante a transição.
Segundo a correspondente da BBC no Cairo, ele tem o apoio das forças armadas e, por este motivo, parece ser um ator importante na resolução da atual crise egípcia.

Fonte: BBC

Hillary Clinton visita Haiti em plena crise política


A chefe da diplomacia americana, Hillary Clinton, chegou neste domingo ao Haiti, onde se reunirá com o presidente em fim de mandato René Preval, em um momento em que o país atravessa uma crise política depois das questionadas eleições de 28 de novembro.
No aeroporto de Porto Príncipe, a secretária de Estado afirmou: chego com uma "simples mensagem" de apoio dos Estados Unidos a este país.

"Queremos que continuem a reconstrução. Queremos que as vozes dos haitianos sejam escutadas e seus votos reconhecidos", afirmou, antes de se reunir com Edmond Mulet, representante da ONU no Haiti.
Hillary viajou ao Haiti, onde deve reunir-se também com os três candidatos favoritos do primeiro turno, cujos resultados ainda não saíram.

Uma nota do Departamento de Estado americano informa que Hillary "conversará com membros da sociedade civil, atores políticos, o presidente do Haiti e os aliados internacionais sobre a situação eleitoral em curso e os esforços de reconstrução".
Além disso, Hillary deve vistar um centro de tratamento de vítimas do cólera, epidemia que já matou pelo menos 4.000 haitianos desde outubro de 2010.
Washington tem pressionado Préval para que aceite uma reavaliação dos resultados, o que seria desfavorável ao candidato que apoia, Jude Celestin.

Fonte: AFP

MEDO: China bloqueia busca por 'Egito' em microblogs no país


A China bloqueou a palavra "Egito" das buscas em páginas de microblogs na Internet, em um sinal de que o governo do país está preocupado com a repercussão dos protestos no Oriente Médio.
Neste domingo, buscas por 'Egito' em portais chineses como Sina.com e Sohu.com --serviços comparáveis ao Twitter-- mostravam frases dizendo que os resultados não podiam ser encontrados ou não estavam em acordo com as regras.


Mais de 100 pessoas foram mortas em cinco dias no Egito em meio a protestos sem precedentes pelo fim do governo de Hosni Mubarak.
A mídia chinesa tem acompanhado as manifestações, com informações sobre o número de mortos. Na sexta-feira (28), a agência oficial de notícias, Xinhua, reportou que o acesso à Internet e o sinal dos celulares foi cortado no Cairo.

A China diz que a Internet é livre e aberta para seus 450 milhões de usuários no país, mas o governo bloqueia várias redes sociais como Twitter, Flickr, Facebook e Youtube.

Fonte: Reuters

Al-Jazeera é importante contrapeso que amedronta regimes árabes


A emissora de televisão do Qatar Al-Jazeera, que neste domingo foi proibida de trabalhar no Egito, é um fundamental contrapeso em prol da liberdade de expressão, reprimida por muitos regimes árabes, que temem a atuação da rede e chegam a acusá-la de atiçar os protestos.

O ministro da Informação do Egito, Anas El Fekki, proibiu a Al-Jazeera, que estava cobrindo amplamente as manifestações contra o regime do presidente Hosni Mubarak, anunciou neste domingo a agência oficial Mena.
A Al-Jazeera respondeu que esta decisão pretendia "calar o povo egípcio".



Além de cobrir exaustivamente a mobilização contra o regime de Mubarak, que está no poder desde 1981, o canal divulgou no sábado uma mensagem do teólogo do Qatar de origem egípcia e conselheiro da Irmandade Muçulmana, Yusef Al-Qardaui, pedindo a renúncia de Mubarak.

"Os governos árabes acusam a Al-Jazeera de impulsionar os protestos de ruas, e têm toda a razão, mas essa acusação é uma honra", disse um universitário dos Emirados Árabes Unidos, Abdel Khaleq Abdallah.

"Sem dúvidas, a Al-Jazeera influenciou significativamente na revolução tunisiana e nas manifestações no Egito", completou.

O canal de TV, fundado em 1996 pela decisão do Qatar, um rico emirado que conta com importantes reservas de gás, já teve problemas com outros regimes árabes.
Assim, o presidente do Iêmen, um país no qual também houve manifestações contra o governo, ligou para o emir do Qatar.
O presidente iemenita, Ali Abdullah Saleh, no poder há 32 anos, pediu nessa ocasião ao emir Hamad Bin Khalifa Al Thani que interviesse diante da Al-Jazeera para evitar "a provocação, a falsificação dos fatos e o exagero" sobre as manifestações, segundo a agência oficial iemenita Saba.

Os detratores da emissora de TV afirmam que esta atua como caixa de ressonância das ideias islâmicas mais radicais e que carece de imparcialidade.
Para o analista libanês radicado em Londres Abdalah Badrajan, a cobertura da Al-Jazeera no Egito diferenciou-se da realizada durante os primeiros dias dos protestos na Tunísia contra o presidente Zine El Abidine Ben Ali, que acabou fugindo para a Arábia Saudita em 14 de janeiro, depois de 23 anos no poder.

"Na Tunísia, a Al-Jazeera acompanhou o que acontecia nas ruas, enquanto que no Egito ficou atrás", afirmou Badrajan.

"Nos primeiros dias, ficou claro que não estava disposta a cobrir o que ocorria no Egito da mesma forma que tinha coberto o ocorrido em Túnis", mas depois reforçou a cobertura, completou.

"Nos primeiros dias, ficou claro que não estava disposta a cobrir o que ocorria no Egito do mesmo modo que tinha coberto o ocorrido em Túnis", mas depois reforçou a cobertura, completou.

Isso seguramente deve-se à "recente reconciliação de Qatar com o presidente egípcio", depois que o Cairo acusou Doha de usar o canal via satélite para criticar a política do governo do Egito, particularmente em matéria de relações com Israel.

Em momentos em que a mobilização estava iniciando no Egito, a Al-Jazeera seguia dando primazia às controvertidas revelações sobre a posição da Autoridade Palestina nas negociações com Israel.

O principal negociador palestino com Israel, Saeb Erakat, tinha acusado a Al-Jazeera de realizar uma "campanha" cujo fim era "derrotar a Autoridade Palestina" do presidente Mahmoud Abbas.
O canal tinha revelado que em 2008 os negociadores palestinos estavam dispostos, entre outras coisas, a realizar concessões sobre Jerusalém Oriental, ocupada em 1967 e posteriormente anexada por Israel.
A Al-Jazeera também foi suspensa em outubro no Marrocos, e teve problemas na Jordânia e Bahrein.


Fonte: AFP

Manifestantes desafiam toque de recolher noite adentro no Cairo


Já passava de 1h da manhã no Egito (21h pelo horário de Brasília), mas ainda havia muita gente reunida na Praça Tahrir, no centro do Cairo, em desafio flagrante ao toque de recolher imposto pelo governo egípcio, como informa o correspondente da TV Globo na cidade, Ari Peixoto.
A tensão aumenta no país. O aeroporto da capital passou o dia com filas imensas formadas por milhares de turistas que tentavam antecipar a volta a seus países de origem.
Com a polícia fora de ação, jovens formaram patrulhas para cuidar do trânsito e vigiar os bairros de modo a evitar saques a casas e lojas. “Todo mundo está com medo porque há um monte de malandros na rua , entrando nos prédios e indo para as lojas”, disse à reportagem do Fantástico uma egípcia que cresceu no Brasil.


Toque de recolher
 
O presidente egípcio, Hosni Mubarak, ordenou que o toque de recolher no Cairo, Alexandria e Suez seja ampliado em uma hora e a partir de segunda-feira será das 15h locais às 8h, informou neste domingo (30) a televisão estatal.
O toque de recolher, instaurado na sexta-feira devido aos protestos da população para exigir a renúncia de Mubarak, foi gradualmente ampliado, mas não é respeitado pela população. A medida anterior durava das 16h00 às 08h00.
Há ainda relatos de que as autoridades ordenaram que a polícia volte a atuar em todo o país, depois de dois dias nos quais esteve praticamente ausente. A agência AFP diz que a TV estatal atribuiu tal ordem ao ministro do Interior, Habib el Adli, enquanto Reuters e EFE citam fontes anônimas no governo. Há informações desencontradas indicando tanto que essas forças de segurança já estariam na rua, como que voltariam a patrulhar somente nesta segunda-feira.

As fontes da EFE afirmaram, no entanto, que a Praça Tahrir, epicentro dos protestos dos últimos dias, seguirá sob custódia do exército, que na sexta-feira recebeu ordens de apoiar a polícia para manter a segurança do país.
As forças de polícia, numerosas no Egito, tinham desaparecido das ruas na sexta-feira, provocando cenas de caos, saques e fugas em várias prisões do país.


ElBaradei
 
Na noite deste domingo, o opositor Mohamed ElBaradei, encarregado de negociar com o regime do presidente Hosni Mubarak, juntou-se à multidão que se concentra na Praça Tahrir  para pedir a renúncia do presidente. O local é o centro de protestos na cidade. ElBaradei desobedeceu o toque de recolher que começou às 16h (12h, em Brasília).
Ele  prometeu aos manifestantes que "a mudança chegará".  "Vocês reconquistaram seus direitos e o que começamos não pode ter volta", discursou aos milhares de manifestantes presentes. "Temos uma demanda principal - o fim do regime e o começo de um novo estágio, um novo Egito".

O Prêmio Nobel da Paz saiu de um carro perto da praça, cujo acesso era controlado por soldados em tanques de guerra. Ele caminhou rodeado por manifestantes que gritavam "O povo quer a queda do presidente" e "Vamos sacrificar nossa alma e nosso sangue pelo país".
As forças de oposição do Egito, lideradas pela Irmandade Muçulmana, encarregaram o dissidente Mohamed ElBaradei de negociar com o regime do presidente Mubarak, alvo dos protestos que já duram seis dias e paralisaram o país. A decisão foi divulgada neste domingo (30) por Saad al-Katatni, um dos líderes do movimento islamita.

A Coalizão Nacional por Mudança, que reúne vários movimentos de oposição egípcios - incluindo a Irmandade Muçulmana, que foi proscrita pelo governo - escolheram o Prêmio Nobel da Paz para representá-los "nas negociações com as autoridades", disse al-Katatni a agência de notícias Reuters.

Logo após a confirmação, ElBaradei disse que o presidente Hosni Mubarak deve deixar o cargo neste domingo para abrir caminho para um governo de unidade nacional em uma eleição "livre" e "justa". ElBaradei disse também que a política dos Estado Unidos no Egito está perdendo a credibilidade.



Hillary Clinton fala em 'transição ordenada do poder no Egito'

A secretária do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, disse neste domingo que os EUA querem uma transição ordenada do poder no Egito. "Nós queremos ver uma transição ordenada para que ninguém preenche um vazio, que não haja um vazio, que haja um plano bem pensado, que trará um governo democrático e participativo", disse Hillary ao programa "Fox News Sunday ".
De acordo com Hillary, o país não quer que uma tomada de poder no Egito abale a democracia e conduza o povo à opressão.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conversou nesta sexta-feira com o presidente egípcio, Hosni Mubarak, e pediu que ele respeite os direitos da população e evite o uso de violência contra manifestantes pacíficos.


Hosni Mubarak (à esquerada) e o viice-presidente Omar Suleiman (centro) em reunião no Cairo (Foto: Reuters)

Governo cativa militares

Por sua vez, Mubarak visitou um quartel-general e reuniu os comandantes de alta patente neste domingo (30). A reunião foi divulgada pela televisão estatal. A emissora mostrou Mubarak em reunião com o recém-nomeado vice-presidente Omar Suleiman, o ministro da Defesa, Mohamed Hussein Tantawi, o chefe de gabinete Sami al-Anan e outros.
A agência oficial de notícias divulgou que Mubarak conferiu também o trabalho das Forças Armadas no comando das operações de segurança.

A ofensiva política do governo consiste em cativar os militares. Por isso, o ex-ministro da Aviação Civil, Ahmad Shafic, foi confirmado pelo governo como primeiro-ministro. Shafic, que é um ex-comandante da Força Aérea, será o responsável por formar o novo gabinete de ministros, que foi dissolvido neste sábado.

Além disso, o presidente egípcio, que não escolheu um vice-presidente desde sua posse em 1981, nomeou o seu chefe de inteligência e confidente Omar Suleiman, para o cargo. Muitos viram a nomeação como o fim das pretensões do filho do presidente, Gamal, de assumir a presidência.
Hosni Mubarak recusa-se a deixar o cargo, apesar da pressão da população. Como reforço à posição do presidente, o Parlamento egípcio anunciou neste sábado que não tem planos para antecipar as eleições.

Mubarak mandou também soldados e tanques para a capital Cairo e para outras cidades. O envio de tropas do exército para ajudar a polícia mostrou que Mubarak ainda tem o apoio dos militares, a força mais poderosa do país. Porém, qualquer mudança de opinião dos generais poderá selar o seu destino.

Líder espiritual muçulmano defende renúncia

A tensão aumenta ainda mais com a posição do xeque Yusef Al Qardaui a favor da renúncia do presidente Hosni Mubarak. O egípcio Yusef Al Qardaui é considerado o pregador mais influente do mundo árabe. Em entrevista à televisão Al Jazeera, o líder afirmou que a renúncia poderia resolver a crise no Egito.
"Mubarak, tenha misericórdia sobre essas pessoas e fuja antes que a destruição se estenda no Egito", afirmou o teólogo sunita que lidera a União Mundial de Sábios Muçulmanos e é um dos líderes espirituais da Irmandade Muçulmana no mundo.


TV Al-Jazeera é proibida de atuar no país

O ministro da Informação do Egito, Anas El Feki, proibiu neste domingo (30) a rede de televisão Al-Jazeera de operar no país. O anúncio foi feito pela agência oficial Mena. A maior emissora de televisão do Qatar fazia uma ampla cobertura das manifestações contra o regime do presidente Hosni Mubarak. Ela transmitia em tempo real o movimentos nas ruas das principais cidades egípcias, Cairo, Alexandria e Suez, com comentários em inglês e árabe.
Em comunicado, a Al -Jazeera afirmou que a decisão das autoridades do Egito de proibir a cobertura das manifestações tem como objetivo "silenciar o povo egípcio".
Até agora, pelo menos 100 pessoas morreram no Egito desde o começo das manifestações contra o governo do presidente Hosni Mubarak, na última terça-feira (25). O número foi apurado pelas agências de notícias Reuters e France Presse com fontes de segurança e médicas. Ainda não há dados oficiais sobre as vítimas.

A embaixada dos Estados Unidos no país aconselhou neste domingo os americanos a deixar o Egito o mais rapidamente possível. "Os voos para os pontos de evacuação começarão a deixar o Egito na segunda-feira, 31 de janeiro", declarou a embaixada em comunicado.

Toque de recolher

Milhares de egípcios desobedeceram o toque de recolher estabelecido para este sábado e domingo (30), apesar de as Forças Armafdas terem exigido que os manifestantes obedecessem a ordem. Houve relatos de saques e habitantes de subúrbios ricos do Cairo relataram a chegada de veículos militares nestas localidades, com o objetivo de impedir novos ataques.
O toque de recolher começou às 16h (12h, em Brasília) e terminou às 8h de domingo (4h, em Brasília) no Cairo e nas cidades de Alexandria e Suez.

A brasileira Larissa Amorim, que mora nos arredores da capital, contou à BBC que o medo era muito grande na sua vizinhança devido aos saques que ocorriam na cidade. "Meu marido foi à rua juntamente de outros homens do bairro com facas e bastões para proteger as propriedades", contou ela, que é casada com um egípcio e mora no país desde 2007.
"Nós estamos muito nervosos, mas os moradores falaram que, por enquanto, não havia sinais de distúrbios na área."

Moradores do Cairo portam bastões para espantar saqueadores na noite deste sábado (29). (Foto: AFP)

A rede de TV CNN exibiu imagens de pessoas armadas nas ruas do Cairo. Portando rifles, pistolas e outros instrumentos mais simples, como bastões e até tubos de aspirador de pó, eles tentavam espantar grupos que circulam em motos, supostos saqueadores.
Prédios do governo também foram alvos de tentativas de invasão, que deixaram dezenas de feridos. Os militares disseram que vão agir 'com firmeza' para restabelecer a ordem e impor o toque de recolher. Em uma prisão no Cairo, os detentos armaram uma tentativa de fuga em massa, que foi contida. Oito presos morreram.

A brasileira Rossana dos Santos, que mora em Alexandria, outra cidade sob toque de recolher, disse, em entrevista à Globonews (veja vídeo acima), que ali também há homens armados tentando proteger os edifícios.
Depois da oficialização da estratégia anunciada nesta sexta-feira, o presidente egípcio, que não escolheu um vice-presidente desde sua posse em 1981, nomeou o seu chefe de inteligência e confidente Omar Suleiman, para o cargo. Dessa forma, o presidente garante aliados militares no novo governo a ser formado.


Oficial do exército se junta a manifestantes na praça Tahrir, no Cairo (Foto: Yannis Behrakis/Reuters)

Ataque ao Ministério do Interior

O exército egípcio guarda a sede do Ministério do Interior, no centro do Cairo, neste domingo. Dois carros blindados e um tanque montavam guarda na frente do edifício, que foi evacuado por causa de ataque de manifestantes neste sábado.
A polícia abriu fogo contra cerca de mil manifestantes egípcios que tentavam invadir o Ministério do Interior. A reação teria acontecido após um grupo de pessoas atirar contra o prédio e só parou quando tanques de guerra foram enviados ao local. Na ação, a polícia teria matado pelo menos três manifestantes, de acordo com a rede de televisão Al Jazeera.

O Exército tenta restaurar a ordem em meio a saques depois que as forças de segurança retiraram as seguintes ruas enormes manifestações na semana passada.
Também no Cairo,  tanques do exército egípcio e tiros disparados no ar foram usados neste para controlar pessoas que tentavam atacar a entrada do prédio do Banco Central, onde é impresso o papel moeda. Os manifestantes usavam pedaços de madeira e desistiram da abordagem depois de ouvir os tiros.

Ministros renunciaram

O gabinete de ministros do Egito anunciou oficialmente a renúncia neste sábado após dias de protestos da população contra o governo de Hosni Mubarak. Porém, a mudança não será suficiente para conter a onda de protestos no país.
O líder opositor Mohamed ElBaradei, afirmou que Hosni Mubarak terá de sair. Segundo ele, o discurso do presidente televisionado na sexta-feira foi "praticamente um insulto à inteligência das pessoas." El Baradei, chefe da Assembleia Nacional para a Mudança, chegou na última quinta-feira (27) ao Cairo.


Fonte: G1
 
 
 

sábado, 29 de janeiro de 2011

Força Aérea Israelense

O poderio aéreo de Israel - Parte 1

O poderio aéreo de Israel - Parte 2

O poderio aéreo de Israel - Parte 3

O poderio aéreo de Israel - Parte 4

O poderio aéreo de Israel - Parte 5

ABSURDO!! Duvalier no podrá ser juzgado por corrupción, robo y crímenes de lesa humanidad

Em Espanhol



El ex dictador haitiano Jean Claude Duvalier no podrá ser procesado porque las acusaciones en su contra no se han presentado a tiempo, según indicó uno de sus abogados. Desde que llegara al país caribeño, el pasado domingo, el ex presidente acumula cargos por corrupción, robo y apropiación indebida de fondos públicos, así como por crímenes de lesa humanidad.
El letrado Reinol George explicó que la legislación haitiana recoge la figura del "estatus de limitación", según el cual ningún delito podrá juzgarse transcurridos diez años desde su comisión. "Tengo que guiarme por la ley, así que las acusaciones deberían haberlas hecho a tiempo", dijo George en una entrevista en TeleSur.

No obstante, este plazo solo rige para los delitos comunes, entre los que se enmarcarían las imputaciones realizadas por el Estado --corrupción, robo y apropiación indebida de fondos públicos--, ya que el artículo 41 de la Constitución haitiana contempla una excepción para los llamados delitos "atroces", entre los que de encuentran los de lesa humanidad.

Así las cosas, quedarían sin efecto las imputaciones estatales. Si bien las denuncias presentadas el miércoles por cuatro ciudadanos, entre ellos la antigua portavoz de Naciones Unidas Michele Montas, por crímenes de lesa humanidad, podrían desencadenar el correspondiente proceso penal.

Por su parte, diversas organizaciones de Derechos Humanos han señalado a Duvalier como el responsable de la muerte de 150.000 personas durante su mandato (1971-1986), víctimas de ejecuciones extrajudiciales y de desapariciones forzosas, en su mayoría, a manos de la milicia progubernamental conocida como los 'tonton macoutes'.

El pasado domingo, Duvalier, de 59 años, regresó por sorpresa al país en un vuelo procedente de Martinica. Aunque se desconocen los motivos exactos de su vuelta, George apuntó que ha llegado "para quedarse" y no descartó la posibilidad de que pueda reanudar su carrera política.
 
Fonte: Madrid Press
 
 

O nascimento de um novo país: o Sudão do Sul


Conforme indicam resultados preliminares, no último dia 15 de janeiro a população sulista do Sudão aprovou com 97,5% dos votos a separação da região sul do país africano para a formação de um novo país: o Sudão do Sul.
Este processo separatista foi mais um passo para o desfecho definitivo de um dos maiores conflitos do século XX, a guerra civil sudanesa (1983 – 2005) que deixou em seu percurso mais de 2 milhões de mortos e milhões de refugiados. Os profundos desentendimentos entre o norte e o sul do país só pôde ser encerrado com o tratado de Naivasha em janeiro de 2005 que previa para este ano de 2011 a votação da população sulista acerca da emancipação política local.


As diferenças existentes entre os povos sudaneses foi realmente um fator chave para que todo este violento processo ocorresse por mais de vinte anos. A região sul do país, composta principalmente por uma população negra com uma religiosidade católica ou de crenças locais tradicionais, se sentia menosprezada e não representada pelo Estado sudanês que possui íntimas relações legais com a religião islâmica devido ao seu controle pela população do norte do país que é constituída principalmente por árabes mulçumanos.

 
Porém, não podemos rebaixar este longo conflito a apenas questões étnico religiosas, já que existem neste país africano questões mais profundas envolvendo sua tensa história. Entre o norte e o sul do país, com seus diferentes e tradicionais modos de vida, existem distintos interesses e entendimentos modernos acerca da exploração e do destino dos campos de petróleo. O Sudão, membro da Opep, possui petróleo em abundância, e assim como outros países ricos nesta matéria prima, possui também uma enorme população miserável (mais de 50% da população sudanesa vive abaixo da linha da pobreza), e estes vastos campos de petróleo estão justamente nos limites entre estas duas regiões, o que trázao processo do conflito sudanês uma série de interesses internacionais intimamente interligados ao desenrolar das tensões internas.



Não é a toa que o ex-presidente norte americano George W. Bush – que não é reconhecido por possuir interesse em direitos humanos – foi um dos primeiros chefes de Estado a reconhecer o conflito em Darfur (região oeste do Sudão), como sendo um genocídio, já que os E.U.A não recebem um barril de petróleo do país africano. A dedicação norte-americana a situação sudanesa é refletida até por participações de celebridades no conflito como George Clooney e Angelina Jolie.


Por sua vez, China e Rússia, grandes consumidores do petróleo sudanês, sempre se abstiveram das votações do Conselho de Segurança da ONU contra o governo do Sudão, mesmo assim, o presidente Omar al-Bashir, em exercício à mais de vinte anos, foi condenado por crimes contra a humanidade.
Desta forma, o conflito sudanês se desenvolve dentre uma fusão de questões tradicionais e modernas, que vão além da criação de um novo estado, já que algumas questões antigas não serão resolvidas, assim como surgirão novos pontos a serem debatidos.

Os próximos dois anos para a implementação definitiva do Sudão do Sul não serão calmos como a votação, ainda é necessário decidir como se realizará a exploração dos poços de petróleo do Sudão do Sul, já que grande parte dos oleodutos passa pelo norte, assim como a saída para o mar. Além disso, o Sudão e o Sudão do Sul precisarão definir seus cidadãos, já que existe uma enorme movimentação humana, principalmente de refugiados, nos dois países. Tal processo pode ainda levar ao aumento de conflitos em outras regiões como em Darfur e até em outros países africanos que possuem uma instabilidade política.

De qualquer modo, a principal questão não está sendo amplamente discutida: como utilizar a riqueza do petróleo para desenvolver uma das regiões mais miseráveis do planeta em que mais da metade da população vive com menos de um dólar por dia?


Por: Danilo Ferreira da Fonseca

Cerca de 500 manifestantes protestam contra novo governo tunisiano


Cerca de 500 pessoas protestaram neste sábado (29/01) no centro de Túnis contra a força usada na sexta-feira (28/01) pela tropa de choque da polícia para reprimir as manifestações de milhares de pessoas que reivindicavam a renúncia do primeiro-ministro, Mohamed Ghannouchi.
"Isto é uma reação à repressão policial de ontem. O novo governo mostrou sua face repressora", disse à agência de notícias espanhola Efe o estudante universitário, Ali al Din Abed, um dos participantes da manifestação.

Durante a expulsão, que acabou acarretando conflitos que se estenderam pela Cidade Antiga e chegaram até a avenida central Habib Burgiba, a Polícia usou gás lacrimogêneo.
Depois, a polícia usou barreiras e cerca de arame farpado para bloquear todos os acessos a esta praça, onde se encontra o escritório do primeiro-ministro Ganuchi.
Entre cartazes que diziam "O povo quer a queda do Governo" os participantes da manifestação deste sábado protestavam contra o Ministério do Interior, na avenida Habib Burguiba, perante o olhar de dezenas de pessoas que tomavam café nos terraços dos estabelecimentos comerciais do centro da cidade.

Dezenas de viaturas policiais se encontravam no início da tarde vigiando os manifestantes na avenida Burguiba, onde permanecem além disso os tanques do Exército há vários dias nos principais acessos à popular avenida.
O despejo da Praça do Governo, onde se exigiam reformas mais profundas, foi realizado poucas horas depois que Ganuchi, que ocupou a chefia do Executivo durante os últimos anos do regime do deposto presidente Ben Ali, anunciasse um novo Governo.

O dia de sexta-feira na capital também registrou a primeira manifestação de mulheres no país após a queda de Ben Ali, que foi boicotada por um grupo de jovens que se autodenominavam islamitas, mas que as próprias organizadoras da passeata definiram como partidários do deposto presidente.
Ao longo do dia, centenas de pessoas se reuniram na avenida Habib Burguiba em diferentes manifestações que foram dissolvidas pela Polícia com gás lacrimogêneo, mas sem registrar incidentes graves.
Fonte: EFE

Governo egípcio apresenta renúncia formal


O governo do Egito, liderado pelo primeiro-ministro Ahmed Nazif, apresentou sua renúncia formal neste sábado (29), após o anúncio antecipado na noite passada pelo presidente do país, Hosni Mubarak, informou a televisão pública.
Mubarak, que está no poder desde 1981 e cuja renúncia está sendo exigida em protestos públicos desde terça-feira passada, anunciou pouco após a meia-noite local (20h de Brasília) que, para superar a crise, um novo Gabinete seria nomeado.
Apesar da dissolução do governo, a Presidência é mantida sem alterações, diante da resistência de Mubarak. Em seu discurso da última noite, o líder não expressou nenhuma intenção de abandonar o poder e disse que tinha pedido ao governo que renunciasse e que um novo fosse formado.
Esta medida é a única solução política que Mubarak propôs para superar a crise que atinge o país, onde nesta sexta-feira ocorreu a jornada de protestos mais violenta dos últimos dias.
Até hoje, de acordo com números dos serviços de segurança, 20 pessoas morreram nas manifestações e cerca de 1.500 ficaram feridas, mas alguns dados divulgados pela imprensa elevam para pelo menos 50 a quantidade de vítimas fatais.
Fonte: EFE

Israel espera temeroso por solução de conflito no Egito


"Os protestos antigoverno [no Egito] nos fazem perguntar: se houver um novo líder, ele manterá a paz na fronteira como Mubarak fez por todos esses anos?” – a pergunta do antropólogo israelense Shalom Caisary resume o sentimento de Israel em relação ao que ocorre nos últimos dias no país vizinho.

Os israelenses aguardam preocupados a solução do confronto político que já deixou 74 mortos e ameaça a ditadura de Hosni Mubarak, há 30 anos no poder. “Israel está tenso. Não sabemos quem tomará o poder lá. Para nós, seria mais seguro se ele ficasse”, explica Caisary, que nasceu no Egito, mas veio ainda pequeno para Israel com a família.

Os periódicos israelenses deram destaque para o confronto. O jornal “Yedioth Ahronoth” noticiou que, segundo fontes da Defesa, dependendo do que ocorra no Egito, a doutrina de segurança israelense pode “sofrer uma revolução”, já que o acordo de paz entre os dois países constitui uma importante base de definição da estratégia militar. O Egito foi o primeiro país árabe a assinar um acordo de paz com Israel, em 1979. Segundo as fontes, o Egito atá agora não estava no rol de prioridades, e “não era considerado uma ameaça para exigir atenção”.

As preocupações de Israel vão além da tensão na fronteira da Faixa de Gaza. Segundo artigo do “Haaretz”, “sem Mubarak, Israel ficaria quase sem amigos no Oriente Médio”. No ano passado, as relações com a Turquia se deterioraram após o episódio da invasão israelense de um navio de ajuda humanitária para Gaza. Para o “Haaretz”, de agora em diante, será difícil para Israel confiar em um governo egípcio dilacerado por conflitos internos.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu anunciou que estava acompanhando de perto a situação no Egito, mas absteu-se de tomar uma posição oficial.

Fonte: G1
Por: Giovana Sanchez

Violentos confrontos durante manifestação no Gabão


Violentos confrontos entre jovens e forças da ordem ocorreram neste sábado no norte de Libreville, durante uma manifestação de simpatizantes do opositor e autoproclamado presidente do Gabão, André Mba Obame, constatou um jornalista da AFP.
Várias colunas de fumaça eram visíveis durante a tarde no bairro pobre de Rio. Os policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo em uma praça antes de os jovens a invadirem, queimando objetos e lançando pedras contra quem tentava aproximar-se.
Um jornalista da AFP viu homens armados disparando para o ar causando pânico entre a população.



Segundo uma fonte do ministério do Interior, registrou-se "um ferido do lado da polícia, vítima dos manifestantes".
Os confrontos ocorreram durante uma manifestação a favor de Mba Obame, que formou seu próprio governo no último dia 25 de janeiro.
Seu partido foi dissolvido pelo Ministério do Interior por "não respeitar os princípios democráticos, atentar para a forma republicana do Estado, à soberania nacional e a ordem pública", segundo um decreto de quinta-feira.

Nessa mesma quinta-feira, as forças de segurança dispersaram em frente à sede do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) os simpatizantes de Mba Obame, refugiado desde terça-feira nesta agência da ONU.
Obame tinha afirmado na quinta-feira que só deixaria o local quando o organismo respondesse a sua demanda de reconhecimento.

"Viemos deixar uma carta para Ban Ki-moon (secretário-geral da ONU). Aqui esperamos sua resposta", declarou Mba Obame.

André Mba Obame, que questiona a eleição de Ali Bongo Ondimba como presidente do Gabão desde 2009, se autoproclamou presidente terça-feira e formou um 'governo'.
Ele sempre reivindicou a vitória na eleição de 30 de agosto de 2009. Ali Bongo venceu a votação e Mba Obame ficou em terceiro lugar.

Fonte: AFP

Manifestantes protestam sobre regra no consumo de bebida alcoólica na Turquia


Um grupo de manifestantes levantaram dezenas de garrafas de vinho e latas de cerveja neste sábado na Turquia em protesto pelas novas regulações sobre o consumo de bebidas alcoólicas impostas pelo Governo turco, no que muitos analistas veem como uma tentativa de impor princípios islâmicos no país.
Sob o lema "Bebamos à saúde do AKP", em referência ao partido islamita moderado do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, cerca de 500 pessoas marcharam, com latas de cerveja e garrafas de vinho em mão, pela avenida Istiklal em uma das três manifestações convocadas em Istambul através de várias redes sociais.

"Tenho 22 anos. Trabalho e ganho a vida, mas por culpa das novas restrições não vou poder beber até os 24 anos", se queixou Doruk em declarações à Agência Efe.
O jovem se referia à normativa que entrou em vigor este mês e que, de forma muito "ambígua", impede a venda de bebidas alcoólicas para menores de 24 anos, o que na prática supõe aumentar a idade mínima de consumo, atualmente de 18 anos.

O novo decreto dificulta a venda de bebidas alcoólicas em salas de cinema, exibições e eventos similares, além de proibir a venda de álcool em restaurantes próximos às estradas.
Recentemente se proibiu também que marcas de bebidas alcoólicas patrocinassem clubes esportivos, por isso que a famosa equipe de basquete Efes Pilsen, que levava o nome de uma popular marca de cerveja, está buscando um novo patrocinador.

Fonte: EFE

Terremoto de 4,8 graus atinge região central da Hungria


Um terremoto de magnitude 4,8 na escala Richter atingiu nesta tarde de sábado a região central da Hungria, sem ter registrado nenhuma vítima até o momento.
O epicentro do terremoto se situou em Oroszlány, 40 quilômetros a oeste de Budapeste, e o terremoto durou pouco mais de 10 segundos, segundo informou a porta-voz da Defesa Civil, Tímea Petróczi, à agência "MTI".
O tremor pôde ser sentido tanto em Budapeste como na capital eslovaca, Bratislava, e levou muitos cidadãos a abandonarem suas casas.
A Defesa Civil informou que foi o tremor mais forte na Hungria desde 1985.

NOTA DO EDITOR
Sem duvidas foi um terremoto MUITO OPORTUNO para o ditador Victor em um momento delicado em que a população marcha nas ruas em manifestações contra a lei facinora contra a liberdade de imprensa.

Fonte: EFE

Argélia: manifestantes pedem mudança de regime


Milhares de pessoas protestaram neste sábado em Bejaia (250 km ao leste de Argel) e em Kabilia por "uma mudança de regime" na Argélia, obedecendo à convocação de um partido de oposição, indicaram os organizadores.
Os manifestantes responderam ao chamado da Reunião pela Cultura e a Democracia (RCD), e marcharam calmamente pelas ruas de Bejaia.
"A manifestação reuniu mais de 10.000 pessoas", afirmou à AFP o presidente da RCD, Said Sadi.

Os manifestantes gritaram slogans inspirados nos recentes acontecimentos da Tunísia. Muitos gritaram "por uma mudança radical de regime", segundo um senador da RCD, Mohamed Ikahervan.
Um protesto para exigir "o fim do sistema" está previsto para 12 de fevereiro em Argel, convocado pela recém-criada Coordenação Nacional pela Mudança e Democracia, que reúne movimentos de oposição e organizações da sociedade civil.


Fonte: AFP



Argelinos à procura da revolução


Os argelinos contestam o regime do presidente Bouteflika e procuram uma revolução à maneira tunisina. A polícia dispersou com violência uma manifestação pró-democracia não autorizada em Argel e prendeu vários manifestantes.
Entre os detidos estão membros do principal partido da oposição que organizaram o protesto com a participação de várias centenas de pessoas.
O líder do movimento Marchar pela Cultura e Democracia (RCD), Said Sadi encontra-se na cabeça dos protestos.
As manifestações públicas estão banidas na Argélia desde a imposição de um estado de emergência em 1992, mas os argelinos mostram-se agora encorajados pelo movimento de mudança na Tunísia.


Fonte: Euronews Portugal